domingo, 6 de março de 2011

Heat

A capa NÃO foi feita por mim, os direitos sobre ela residem ao respectivo dono.

Sinopse: Dois amigos estando juntos, passando um breve momento de descontração, pode valer mais do que muitas coisas nesse mundo. Ainda mais quando eles não consideram-se somente "amigos", por mais que neguem isso a seus próprios corações. One-shot.

Classificação: Livre
Gêneros: Romance, amizade, Fanfiction.
Personagens: Edward Elric, Winry Rockbell (Fullmetal Alchemist).


Notas da história:
Essa é a primeira fanfiction que posto no Blog... A outra foi apenas um poema, e bem, fanfictions e poemas são completamente diferentes XD Enfim... Eu amo esse casal, de paixão mesmo, não só porque eles se combinam e nasceram um para o outro, mas também porque a relação deles não é somente de "namorados", mas sim de melhores amigos, e isso vem desde suas infâncias... Enfim, espero que gostem :3



~Capítulo Único

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Este provavelmente seria um dos dias mais quentes de Resembool. Todos procuravam desesperadamente algum meio de se refrescarem, seja com guerras de água, ventiladores por toda parte ou até mesmo abrindo a porta da geladeira pra sair aquele geladinho gostoso... Um modo bem pobre de se refrescar, mas é, né. É o meio que eles tinham de se refrescar, e não morrer de calor.

Para o azar de Edward, a onda de calor o pegou exatamente no dia seguinte aquele quando chegou em Resembool com Alphonse, com seu automail quebrado. Pra você ver como aquele menino tem sorte. Al, em seu corpo insensível não sofria com o calor infernal que estava fazendo. Porém quem mais sofria provavelmente seria Winry... Se ela abrisse a janela da oficina, o sol entraria e a assaria, e até mesmo o vento estava quente. Se fechasse as cortinas, ficaria super abafado e ainda mais insuportável. Suava como aluno burro antes de prova, e estava quase torrando. E pra completar, seu top era preto. Que maravilha, hem? Preto absorve calor.

- Ahhhhh, não aguento mais! - Ela disse, com raiva, dando um murro na mesa de trabalho, fazendo um estrondo - Caramba, não dá pra trabalhar nesse calor! É impossível!

Edward, que estava na sala, se assustou com o barulhão e os gritos vindos da oficina. Ele escondeu o rosto, tomando seu café, em vergonha. Se sentia culpado por fazer Winry passar por isso.

- Erm... Winry? - Ele perguntou, tímido. - Tudo bem aí em cima?

Winry estava com a testa contra sua mesa de trabalho (não batendo-a contra ela, mas não podia negar que sentia vontade), e deu um longo suspiro. "Aquele baixinho só me dá trabalho, só me dá trabalho..." Pensava. Estava realmente fora de si. Parece que tomou muito sol na cabeça... Ela levantou-se bruscamente, saindo pela porta e descendo as escadas. Olhou para Edward e apontou para sua própria face, com a testa vermelha e bochechas coradas por causa do calor, e com o rosto bem suado.

- Pareço bem?! - Perguntou com sarcasmo e raiva em sua voz, não gritando ainda, mas com o tom de voz alto e feroz. - Esse calor infernal não está me deixando concentrar... Simplesmente NÃO CONSIGO TRABALHAR!

Ed soltou um riso abafado ao ver a mancha vermelha no meio da testa da garota, o que só piorou a situação.

- E você ainda ri da minha cara, é isso?! - Ela esbravejou, apertando o punho com força. - Ora seu...

- C-calma, Winry! - Ed entrou em pânico, e protegeu a cabeça. - Tente se acalmar! Eu não tenho culpa se o dia nasceu desse jeito!

- Como não tem culpa? Se VOCÊ não tivesse quebrado a porcaria do automail, agora eu poderia estar feliz e me refrescando em algum lugar! - Ela massageou as têmporas, tentando aliviar a dor de cabeça. - E agora estou com dor de cabeça por causa desse sol desgraçado...

- W-Winry! - Ele realmente não estava acostumado a ver a amiga xingar. Isso é uma coisa dele, nunca tinha visto ela tão brava assim desde que ele derrubou sem querer a caixa de ferramentas completa com todos os tipos de porcas e parafusos novinha dela no chão, espatifando a coitada e quebrando a dobradura da caixa. Nessas horas dava graças a Deus por saber alquimia, porque se ela deu uma chave inglesada de deixar marca nele com ele consertando, imagina o que ela faria se ele não pudesse consertar? - Tente ficar fria!

- Ficar fria? Ficar fria? - Ela riu, em deboche. - Isso é alguma piada? Como posso ficar fria com o calor que tá fazendo?!

- Calma! Senta aqui. - Ed chegou pro lado no sofá, e deu tapinhas no acolchoado convidando-a a se sentar. Winry suspirou e desceu as escadas, sentando ao lado dele e escondendo o rosto entre as mãos, com o cabelo entre os dedos. - Você precisa relaxar... Está muito exaltada. Respira fundo...

- Porque ta acontecendo comigooo? - Ela disse, em tom choroso. - Mas que droga!

- Ah vá, não chora... - Ele massageou os ombros dela. - Tenta relaxar...

- Eu não vou chorar! - Ela disse, irritada, se segurando para não descerem lágrimas. - Mas é que... Eu tô tão estressada...

- Shhhh... Quieeta, quietinha... - Ela afagou a cabeça da garota. - Boa menina.

Ed brincou. Winry olhou para ele, que a olhava com aquele olhar que ela conhecia, com as sobrancelhas arqueadas, com um sorriso que dizia "Ah vá, não fique assim por essa bobagem...". Como sempre, ela suspirou e sorriu, dando um peteleco na testa dele.

- Ta rindo de quê? - Ela brincou.

- Ai! - Ele gemeu, massageando a testa. - Que droga, Winry!

Os dois riram, e Winry empurrou o ombro dele de leve. Edward sorriu.

- Você pode deixar pra amanhã... Vai ver vai estar mais fresco. Hoje a gente podia tirar o dia pra se refrescar, sei lá...

- Sério? Puxa, você está tão bonzinho hoje... O que aconteceu? Tomou um chá de bom-humor? - Ela brincou, e o olhou pra ele com cara de desconfiada.

- Ah, que é isso, eu sempre fui bonzinho! - Ele deu língua pra ela, sorrindo.

É claro que o alquimista estava ansioso para voltar para a cidade central, mas ele não queria fazer a coitada da mecânica trabalhar num dia quente como esse. Winry é amiga dele, não é só uma mecânica qualquer.

- Então... - Disse a garota, sorrindo. - O que vamos fazer?

- Não sei... - Ele não tinha pensado em nada, viva. - Você escolhe.

- Que tal... - Ela parou pra pensar. - Já sei! Vem, a gente fazia muito isso lembra? - Ela riu, puxando Ed para se levantar, e ele arqueou uma sobrancelha.

- Isso o quê?

- Você vai ver! - Ela disse apenas, piscando o olho, e o garoto riu. Estava se roendo de curiosidade.

Winry foi puxando Edward até a cozinha. Ao chegarem lá, ela olhou pra ele, sorrindo.

- Não tem nenhum palpite?

- Você pretende me dar alguma dica?

- Claro que não! - Riu a mecânica. - Senão perderia a graça.

- Então estou na mesma. Vai fala! Para de me deixar curioso!

- Tá bom então! - Ela riu, e foi em direção à geladeira, abrindo-a, se colocando em frente a ela e sentindo o ventinho frio. - Ahhhh, que friozinho gostoso...

- Eu não acredito nisso... - Ed deu um tapa na própria testa. - Esse é o seu jeito de refrescar?

- Não vai dar uma de adultão agora, a gente fazia isso direto.

- Sim... Quando tínhamos nove anos.

- Velhos hábitos nunca se perdem! - Ela disse, abrindo os braços. - Vem, tem espaço pra mais um!

Ed suspirou e se aproximou da geladeira. Sentiu o vento frio passar por sua barriga e pés e relaxou.
- Nossa, tinha me esquecido do quanto isso é bom... - Ele fechou os olhos, com cara de bobo alegre.

- Viu? - Winry riu. - Você se esqueceu das coisas boas da vida! Precisa se divertir mais!

- Eu me esqueci?! Que audácia! - Ele disse, indignado, o que provocou risos de Winry.

- Se não esqueceu, prova! - Ela desafiou, e Ed deu um sorriso maroto.

- Pois bem, mas foi você quem pediu! Ahhhh, me lembrei agora de outro jeito que a gente tinha de se refrescar... Eu e o Al brincávamos muito disso quando estávamos sozinhos em casa.

- Jura? Qual é? - Winry sorriu, curiosa.

Ed não respondeu. Foi andando até a pia, com um sorriso maldoso nos lábios, e molhou a mão bem. Winry não entendeu. Ele se virou para ela, com as mãos bem molhadas, e jogou toda a água que estava nelas em Winry.

- Este! - Ele disse, e Winry soltou um grito agudo quando foi atingida pela água, e riu.

- Ah, é, é? - Ela disse, fechando a geladeira e correndo até a pia, molhando suas mãos também. - Beleza, foi você quem pediu!

Ed correu, rindo, e Winry o perseguiu e jogou água nele. Ele voltou a molhar as mãos e eles ficaram brincando de guerra de água, quando Winry resolveu apelar. Ela molhou bem as mãos, segurou Ed firme e começou a limpar a orelha dele com o dedo molhado.

- Ahhh! Winry, isso é covardia! - Ela tentava sair, mas Winry também era forte, e Ed por ser menor que ela tinha a desvantagem, sem falar que só estava com um braço.

- No amor e na guerra vale tudo! - Ela riu, e depois de limpar a outra orelha dele, o soltou, rindo.

- Ah, você tá rindo, né? Tome isso! - Ele avançou nela e começou a fazer cosquinha em suas axilas e barriga, e Winry riu alto, caindo no chão. Mãos frias por causa da água pioravam a sensação das cócegas.

- Para! - Ela dizia, entre as risadas. - N-não é justo! Covardia!

- Foi você quem pediu! - Ed riu, e fez mais um pouco de cócegas em suas costelas, fazendo-a rir e se contorcer no chão.

Ed sorriu, e parou com as cócegas. Gostava de ver Winry rindo. Winry ainda ria por causa do ataque repentino dele, e escondia suas axilas e com os braços protegia as costelas. Nunca se sabe quando haverá um novo ataque.

- Você não mudou nada mesmo... - Ele riu. - Só ficou mais coceguenta. Será que eu me lembro ainda do seu pior ponto fraco? - Ele pôs a mão no queixo, pensando, com um sorriso maldoso. Winry fez uma expressão de pânico.

- Você não ousaria... Ed, não! NÃO! - Ela disse, se afastando do alquimista, e involuntariamente escondendo os pés. Mas essa ação a denunciou.

- Ah, não? - Ele riu, malvado. - Ahhhh, lembrei! - Dito isso, fez impiedosas cócegas nos pés da garota.

Winry esperneou e riu. Ed com as pernas imprensou e prendeu as pernas de Winry, mantendo seu pé firme, e continuou as cócegas sem piedade. Ela gargalhava alto e quando enfim conseguiu libertar seus pés, se levantou em um impulso e correu da cozinha, indo pra sala.

- Ei, volte aqui! - Disse Ed, seguindo-a entre risos. - Não vai conseguir fugir de mim! Muahahahaha!

Winry ria, e corria dele, que a perseguia. Mas ele conseguiu aprisioná-la em um abraço de cócegas, e ela só ria e esperneava. Realmente era meio difícil dar um abraço com um braço só, por isso Ed a prendia com o queixo, que colocava sobre o ombro direito da garota, que estava abaixada. Tinha se acostumado a se virar com um braço só, mas tinha que admitir que nunca fez algo do gênero antes. Al entrou pela porta de frente com Den, e viu seu irmão fazendo cócegas em Winry, e soltou um leve riso. Ed parou quando notou que o irmão estava ali, e Winry continuou rindo.

- Nii-san, o que está fazendo? - Al perguntou, e riu. Ed piscou o olho para Al, e sorriu.

- Só estou ensinando uma lição a uma certa mecânica limpadora de ouvidos... - Ele riu, e soltou Winry.

- Lição aprendida... - Ela disse, ofegante por causa dos risos, e sentou-se no sofá.

Al não entendeu o comentário do irmão direito, e somente riu. Perguntaria a ele sobre isso depois. Alphonse subiu para o quarto de hóspedes, e pegou um livro para ler. Ed sentou-se do lado de Winry, rindo vitorioso.

- Parece que eu ganhei...

- Ah, cala a boca... - Winry riu. - Você jogou sujo...

- No amor e na guerra vale tudo. - Ele disse, irônico, e Winry suspirou, sorrindo. - E agora, o que vamos fazer?

- Ah, rir tanto me deixou com mais calor... Vamos nadar? - Ela sugeriu.

- Boa ideia! Mas... Não posso ficar muito tempo por causa do automail da perna, você sabe.

Winry começou a olhar para Ed fixamente, com os olhinhos brilhando e tapando a boca, surpresa. Ed levantou uma sobrancelha.

- O que foi? Tem algo na minha cara? - Ele disse, apalpando o rosto pra ver se não tinha nenhuma espinha intrusa.

- Não... É que... - Ela sorriu, encabulada. - Eu fico feliz em ver que você se preocupa com o automail.

Ed sorriu. Ficava feliz em ver Winry feliz. Ele levantou-se e tirou a camisa, ficando só com sua samba-canção azul. Winry corou um pouco. Nossa, que corpo que esse garoto tinha...

- Nossa, que corpo hein? - Ela comentou, e riu, um pouco corada. Ed corou quando ouviu esse comentário, mas por algum motivo se sentiu super feliz e pensou no quanto as lutas valera a pena.

- Ah, o seu também não é tão mau... - Ele disse, olhando para a barriga sarada da garota. Mas logo virou o rosto e corou tremendamente. "Porque que eu fui dizer isso?!" Ele pensou, com a face ardendo em vermelho. Winry também corou com o comentário, mas se sentiu feliz, assim como ele se sentiu.

- Obrigada! - Ela riu. - Vou subir pra colocar um biquini, já volto.

Quando Winry se foi, Ed começou a pensar numa coisa: Nunca viu a amiga de biquini antes. Logo começou a imaginar como deveria ser, e logo corou, sacudindo a cabeça por pensar em coisas assim (Quem adivinhar o que ele pensou ganha um doce hoho). Em alguns minutos, Winry desceu, usando um maiô colado no corpo com uma abertura dos lados e nas costas. O maiô era azul clarinho com detalhes abstratos em azul marinho, era coladinho e delineava bem o corpo da garota, dando destaque aos seus seios.

- Er, eu não quis fazer você esperar, por isso peguei a primeira coisa que achei... - Ela soltou um riso encabulado. Nem sob tortura diria que é porque estava com vergonha. - Vamos?

Ed quase teve um infarte ao ver Winry naquele maiô. Mesmo não sendo tão exposto como um biquini, ainda tinha aberturas que davam pra ver sua pele, e era coladinho. Virou o rosto e corou, tentando sorrir naturalmente.

- Vamos...

Então Winry pegou na mão dele, sorrindo, e foi puxando ele, enquanto corria. Ed sorria, tentando acompanhar o ritmo da garota.

- Vovó, nós vamos nadar! Daqui a pouco voltamos! - Winry berrou, torcendo para a avó escutar, e foram os dois correndo em direção ao lago.

Winry soltou a mão de Ed e começou a correr na frente, sorrindo.

- Quem chegar por último é a mulher do padre! - Ela riu, e Ed também.

- Então pode ir preparando o vestido de noiva! - Ele disse, apressando o passo, prestes a alcançar Winry.

Porém, como todos nós sabemos, ser mais alta dá vantagem em uma corrida, e Winry logo correu pra valer, deixando ele para atrás.

- Pernas longas dão vantageeeem! - Ela debochou e riu alto, bem à frente. Grande erro...

- O QUE VOCÊ QUIS DIZER COM ISSO?!?! - Ed esbravejou, e Winry riu mais. Ele correu como um foguete e logo alcançou a garota, passando a maior. Chegaram ao lago, Ed na frente, Winry uns cinco segundos atrás. Os dois respirando ofegantes, cansados pela corrida.

- Viu? - Ele disse, enquanto ofegava. - Pernas longas... Não querem dizer... Nada.

- Você... Teve... Sorte. - Ela disse, entre ofegos, e os dois pararam um pouco para respirar e recuperar o fôlego.

- Meu Deus, o calor ta me matando... - Ele disse, sentindo seu coração queimar de tão rápido que batia.

- Idem... Vamos pular logo na água?

- Se pularmos agora, vamos ter um choque térmico... - Ele disse, indo em direção ao lago. - Temos que ir aos pouquinhos. Molhar os pulsos, depois a nuca, e depois entrar.

- Tá... - Ela disse, revirando os olhos. - Que seja, to morrendo aqui...

Ed foi primeiro. Começou molhando os tornozelos, os pulsos, e depois a nuca. Estava demorando, e Winry estava ficando impaciente, quando uma ideia danadinha lhe veio à mente. Quando o garoto se preparava para pular, ela deu um empurrão nele e ele caiu todo troncho na água. Ela gargalhou, e Edward subiu à superfície, rapidamente.

- WINRY! TÁ DOIDA? - Ele disse, bravo, e Winry ainda ria. Ele fechou a cara e fez bico, e Winry sorriu para o pequeno alquimista manhoso.

- Ah, não fique bravo... - Ela riu, entrando aos poucos como ele fizera. - Você precisa mesmo sair mais...

- Ah é, é? - Ele olhou para ela, com um sorriso malvado. Quando Winry molhou a nuca, ele jogou uma onde enorme de água nela, que a molhou toda.

Winry, estática, olhou para ele com uma cara de "não acredito que você fez isso..." E ele sorriu pra ela com uma cara de "Acredite, já fiz!" Ela sorriu malvada também e olhou para ele.

- Pois bem, senhor alquimista. Acabou de convocar uma guerra. - Ela disse, com voz provocante, e pulou na água em uma bola de canhão, molhando ele todo.

Quando subiu, os dois riram e começaram uma guerra de água que não tinha fim. Winry se jogou em cima de Ed, dando um caldo nele. Ele mergulhou e foi para debaixo dela, segurou suas pernas e a sentou-a em seus ombros, levantando-a. Winry riu alto e segurou na cabeça dele, e Ed sorriu malvado e uma ideia danadinha lhe veio à mente. Ele levantou as pernas dela bruscamente, fazendo-a cair pra trás e tomar um caldo também. Ela levantou-se e riu. Ed olhou malvadamente para ela de novo, e mergulhou novamente, segurando uma perna dela. Winry assustou-se, não sabia o que ele iria fazer. Então o alquimista começou a fazer cócegas no pé da garota por debaixo d'água, e ela riu e gargalhou e esperneou, e decidiu revidar as cócegas, atacando as axilas do garoto, ainda submerso.

Ele soltou o ar bruscamente e subiu à superfície, rindo alto e se afastando da garota, em vão. Ela continuou a atacar as axilas dele, e Ed esperneava e se contorcia dentro d'água.

- W-Winry, para! - Ele gritou, entre os risos, e ela sorriu e abraçou ele.

- Own, você fica tão fofo rindo assim! - Ela disse, e os dois riram.

Ed mergulhou, e ficou nadando em círculos ao redor de Winry, brincando com ela, que dava risadinhas quando ele soltava bolhas por debaixo de si. Ela notou que a samba-canção dele estava um pouco folgada, e estava aparecendo o cofrinho do alquimista. Ela mordeu o lábio inferior e deu uma risadinha (Winry sua safadinha hoho), e pegou a cueca dele e puxou para cima, dando um cuecão nele, não muito forte. Ed se levantou em susto e olhou para Winry, com uma cara de “Mas que diabos...?”. A mecânica riu divertida.

- Que é? O cofrinho tava aparecendo! – Winry levantou os ombros e sorriu.

Ed a encarou com um sorriso e uma cara de “Eu não acredito... Wiiinry!” O que provocou gargalhadas da garota. Logo ele olhou para ela, com um sorriso malicioso nos lábios. Winry deu um passo para trás, assustada.

- Bom... Acho que vou ter que descontar... – Ele se aproximou dela, com o braço estendido, como quem diz “vou de pegar”.

- Não se atreva... – Ela apontou pra ele, e deixou a voz séria. – Edward Elric, se afaste do meu maiô!!

Edward soltou uma gargalhada diabólica e pulou em cima dela, e Winry deu um pulo e fugiu, rindo. Ele a perseguia, enquanto ela jogava água na cara dele, tentando despistá-lo. Ed abraçou Winry e ela segurou o braço dele, impedindo que ele segurasse o seu maiô, e os dois riram alto.

O sol já estava se pondo, e os dedos deles já estavam enrugados. Eles compararam para ver qual dos dois estava com os dedos mais enrugados, e parece que Winry ganhou. Eles saíram da água, e foram andando sem pressa de volta para casa. Conversavam e brincavam, rindo. Edward nem se lembrava de quando fora a última vez que se divertiu tanto. Assim que chegaram em casa, foram recebidos por Pinako com um sorriso.

- Que bom que vocês se divertiram hoje! Porque tenho um trabalhinho pra vocês... - Ela sorriu. - Por acaso sabem quem foi que molhou a cozinha daquele jeito? Bom, agora eu passei por lá e formaram poças de sujeira...

Eles riram encabulados, e coçaram a nuca, suspirando em seguida. Puderam ouvir a risada de Al vindo do andar de cima. Ambos sorriram um para o outro. Ah, o que é uma pequena limpeza comparada à diversão que tiveram hoje, juntos?


domingo, 30 de janeiro de 2011

Hagane no Kokoro

Imagem feita por Hiromu Arakawa, editada por shadsonic2Todos os direitos reservados.




Sinopse: "...Um coração de aço, o fluxo do tempo
É terrivelmente cruel, porém...
Essas emoções conflitantes são a verdade
Então podemos sempre andar em frente...
...Um coração de aço, mesmo que
Nossos pensamentos e sentimentos sejam, todos
diferentes;
Porque todos esses sentimentos são verdadeiros;
Sempre acreditaremos uns nos outros.
Um espírito de aço, mesmo que
Todos nós tenhamos perdido muitas coisas...
Por causa disso, podemos todos crescer mais fortes;
E o laço entre nós só vai crescer mais profundamente.
(So irá entender a poesia quem tiver assistido Fullmetal Alchemist Brotherhood todo)



Classificação: Livre
Gêneros: Fullmetal Alchemist; Amizade; Poesia
Personagens: Edward Elric; Alphonse Elric; Winry Rockbell.

Notas da história:
Essa música não me pertence, nem Fullmetal Alchemist, e sim a Hiromu Arakawa e quem quer que seja o gênio que criou essa música tão linda!

~Capítulo Único

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Enfim nossa jornada chega ao fim;
Após momentos de dor e sofrimento...
Anexados a sorrisos e momentos de descontração...
Sinto o calor de pessoas próximas a mim;
Como um choque que percorre meu corpo.

Abdiquei do que melhor fazia;
Para reaver o que havia perdido de mais importante.
Em momento nenhum me arrependo disso.
Finalmente cumpri com meu objetivo.
Irmão, sorria para mim;
Como me foi prometido.

Tantas promessas feitas
São cumpridas nesse momento.
Aquilo que eu temia nunca chegar a ver;
Finalmente se concretiza diante dos meus olhos.
Tantos anos de esperanças e solidão;
Finalmente recompensados.
Lágrimas de alegria finalmente brotam de meus olhos.
  

O carinho, o calor de uma família;
Compartilho agora, podendo partilhar tantas sensações.
Irmão, finalmente te devolvi...
O que por mim, você havia cedido.
Abraços e sorrisos me rodeiam
Enquanto os retribuo, finalmente
Com o calor de meu próprio corpo.

Tantos momentos, tantas lembranças;
Sendo elas boas ou ruins...
Só ajudaram a fortalecer nosso laço.
Nossa amizade prevalecerá;
Não importando nossos estados.

Tantos anos de esperas incessantes...
Apenas podendo rezar para que ficassem bem.
Construir o melhor automail pra mim nunca fora o bastante...
Mas agora vejo que minha ajuda e esforços valeram a pena.

Diante dessas escolhas, seguimos nossos caminhos.
Que por hora se cruzavam...
Com dúvidas em nossos corações, mesmo assim seguimos em frente;
Unidos pelo laço de amor que apenas se fortaleceu.
Dentre tantas dores e perdas...
Nos sentimos mais fortes.
E assim aos poucos, ficamos com um coração forte e resistente.

Um coração de aço.
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Notas finais do capítulo:

Normal - Alphonse Elric

Negrito - Edward Elric

Itálico - Winry Rockbell

Negrito e Itálico - Os três juntos.

Acho que já tinham entendido né? Mas mesmo assim achei melhor explicar ^^

Beijos, espero que tenham gostado. Dixem reviews e façam uma autora feliz XD